
O chefe de quadrilha e o general
A presença ostensiva de Flavio Bolsonaro na CPI, como representante da família, é uma espécie de vigilância.
Mais do que protegendo o general, Flavio parece estar patrulhando o depoimento do ex-ministro. O chefe de Queiroz está na CPI, da qual não faz parte, para vigiar e para tumultuar, mas a primeira tarefa é mais relevante para a família.
Um general está sob a tutela de um sujeito denunciado formalmente como chefe de uma quadrilha integrada por milicianos?
A fidelidade de Pazuello a Bolsonaro é algo a ser melhor compreendido mais adiante. O general está assumindo todas as broncas do genocídio sem vacilar.
O que Pazuello deve a Bolsonaro a ponto de assumir sozinho decisões e omissões que certamente serão enquadradas como crimes graves?
Que dívida um general tem com a família a ponto de assumir sozinho a autoria de delitos que podem comprometê-lo pessoalmente e envolver as Forças Armadas?
O único homem sem terno na CPI, sempre com as mangas arregaçadas e com aquela tipoia, Flavio (que está inquieto) compõe bem a figura de um chefe de facção.
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