Está de volta a peixeira de Renan Calheiros
A volta de Renan Calheiros é o fato do ano no Congresso, depois da criação da CPI do Genocídio.
Bolsonaro estava acostumado a lidar com gente mole no Senado. A Câmara Alta imaginada pelo pai e pelos filhos seria moldada ao perfil de Davi Alcolumbre.
Bolsonaro imaginou que o Senado havia sido transformado em dezenas de Alcolumbres, com as exceções de sempre, as mesmas exceções nem sempre honrosas.
Pois agora a família vai se entender com o cara que ficou todo esse tempo só afiando a peixeira.
Renan recupera o lugar do cabra macho na política de Brasília, que vinha sendo tomada por amadores e gente fofa.
O Renan Calheiros que dribla o vento, que é capaz de se aliar por sobrevivência aos que derrubaram Dilma, e que depois ajuda a preservar os direitos políticos de Dilma, é o cara que está aí de volta.
Goste-se dele ou não, é dele que dependemos, na relatoria da CPI do Genocídio, para que a família finalmente se esconda embaixo da cama. Renan é o nosso Corisco camaleão.
É de se pensar: como foi que conseguimos viver esse tempo todo, desde o início da Era Alcolumbre, sem Renan Calheiros?
Renan prova que a política é capaz até de reabilitar implantes de cabelos que no começo não deram certo. Os Bolsonaros passam a enfrentar um adversário que pode dizer: eu tenho topete.
Renan assume que agora é um homem grisalho. Os Bolsonaros, os militares, a extrema direita e os milicianos serão os primeiros a passarem pelo teste de um Renan Calheiros idoso e de cabelos brancos.
Vale a pena ver e ouvir o que ele disse no primeiro discurso como relator da CPI do Genocídio: