De rabo preso com o fascismo, Folha escolhe Alexandre de Moraes como novo alvo

11 de abril de 2023, 12:20

A democracia depende de resoluções decisivas do ministro Alexandre de Moraes, que coordena no Supremo os inquéritos contra as atividades de fascistas, desde abril de 2019.

E Moraes é o novo alvo da Folha. Na sequência de pautas em que tenta agradar a extrema direita, o jornal atacou o humor do ministro, apresentando-o como piadista.

A mais temida autoridade da República por manés, manezões e terroristas ainda impunes é mostrado como alguém que faz piadas com a extrema direita.

O que Moraes tem feito em palestras e declarações públicas é relatar, com o recurso do humor, situações absurdas provocadas pelos militantes do bolsonarismo.

Mas a Folha saiu atrás de especialistas para avaliar a postura do ministro.

Um resumo possível é o de que um ministro do STF que aborda a realidade brasileira com alguma leveza não é uma pessoa séria e pode até ser considerado parcial por quem será julgado por ele.

O irônico Gilmar Mendes, que não poupa o lavajatismo com o seu sarcasmo, estaria na mesma linha?

Só falta agora uma série de reportagens da Folha mostrando que o contrabandista de joias foi um grande estadista.

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A ARMAÇÃO DA NOVA PEDALADA

Nesta terça-feira, a Folha traz na manchete mais uma tentativa de denúncia de pedalada, na mesma linha da que derrubou Dilma.

Esta é a manchete:

“Governo alterou dado de última hora para cortar artificialmente gasto com INSS”

O texto não segura a manchete. Mas aí está a pauta do mercado financeiro para bombardear o tal arcabouço fiscal.

A Folha é hoje o jornal do bolsonarismo e dos garimpeiros da Faria Lima, sem máscaras.

Não há mais nenhuma informação relevante na Folha que possa diferenciá-la do resto como veículo que já fez jornalismo com algum atrevimento.

O jornalismo da Folha está morto e vive de intrigas do mercado financeiro contra o governo.

Escrito por:

Moisés Mendes é jornalista de Porto Alegre e escreve no blogdomoisesmendes. É autor de ‘Todos querem ser Mujica’ (Editora Diadorim). Foi editor de economia, editor especial e colunista de Zero Hora.

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