Os salteadores do ‘Governo Pinóquio’ não querem apenas os bens, querem nosso futuro

15 de setembro de 2022, 13:26

De 2015 para 2021, houve uma queda vertiginosa, de 60%, no número de brasileiros buscando um curso de graduação em universidade pública – em especial em Universidade Federal.

A denúncia foi feita pela reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, em seu discurso, durante a importante entrega do título de Professor Emérito ao professor Carlos Vainer.

A revelação feita pela reitora em sessão solene no Salão Pedro Calmon superlotado está bem ilustrada no gráfico acima, um retrato dos efeitos maléficos da campanha perversa, obscurantista, fanática contra a universidade pública, feita por segmentos reacionários, conservadores, de extrema direita, inclusive e sobretudo de igrejas fundamentalistas, que dão sustentação a este Governo Pinóquio mal intencionado.

Eles divulgam que as universidades públicas são antros de luxúria, nudez, cultos satânicos, drogas, maconheiros e sabe-se lá mais quantas mentiras que suas mentes imbecis e sórdidas possam imaginar, inventar. Podridão que, se existe, é somente naquelas suas cabeças horrendas, que enxergam Jesus em pés de goiabeira, porém jamais em carteiras escolares.

Uma bem urdida e bem sucedida estratégia para o domínio e o aprisionamento das mentes de boa fé. São os mercadores do templo, sucedâneos daqueles que levaram Jesus Cristo ao sacrifício da crucificação, e que agora crucificam o povo brasileiro, lhe retirando o direito à comida, ao teto, ao emprego, a um agasalho que seja.

O projeto, já divulgado, sabemos é o extermínio do ensino público, com a privatização de todas as universidades federais. Provavelmente mais uma daquelas “privatarias” nossas já bem conhecidas. E depois virão as estaduais, as municipais… No fim desses arcos-íris de maldades contra o povo há sempre um pote de ouro para os espertalhões.

Enquanto os salteadores e mercenários, que ocupam o poder no país, enriquecem, se lambuzam em suas mansões, os pobres se esborracham pelas calçadas sujas e geladas das grandes cidades, em noites de frio e chuva.

O que está em jogo não é o sonho do diploma universitário, mas um futuro de Brasil.

Por isso, insisto, meus amigos: dia 2 de outubro, vamos às urnas com a disposição firme de afugentar essa quadrilha, essa corja, e logo no primeiro turno.

O futuro de filhos e netos merece de nós esse esforço.

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Escrito por:

Formação acadêmica: Conservatório Nacional de Teatro 1967-1969, Rio de Janeiro
Jornalista, atriz e diretora do Instituto Zuzu Angel/Casa Zuzu Angel - Museu da Moda. Manteve colunas diárias e semanais, de conteúdos variados (sociedade, comportamento, cultura, política), nos jornais Zero Hora (Porto Alegre), O Globo, Última Hora e Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), onde também editou o Caderno H, semanal.
Programas de entrevistas nas TVs Educativa e Globo.
Programas nas rádios Carioca e Paradiso.
Colaborações e/ou colunas nas revistas Amiga, Cartaz, Vogue, Manchete, Status, entre outras publicações).
Atriz de Teatro, televisão e cinema, de 1965 a 1976
Curadoria de Exposições de Moda: Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Itau Cultural, Paco Imperial, Casa Julieta de Serpa, Palacio do Itamaraty (Brasilia), Solar do sungai (Salvador).
Curadoria do I Salao do Leitor, Niterói

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