
Lamentável espetáculo
As cenas de quase pugilismo, na Câmara dos Deputados, nos dão bem a dimensão da feição que ganhou o cenário político, desde que o fascismo mostrou as suas garras por aqui.
O dito não vale, o prometido é visto como oportunidade para se aplicar pequenos golpes na pauta – vejam o que aprontou o senador Rodrigo Cunha (Podemos) -, na votação dos importados…
Não se discursa mais. O que entra para os anais da câmara são grunhidos, palavrões e impropérios desfechados contra o colega, com o fito de tirá-lo do sério e, esquentado, desfechar um soco, ou um pontapé contra o opositor. Dependendo do nível de estresse e da insistência a essas incúrias, há os que não se seguram e partem, sim, para as vias de fato.
Argumentos foram banidos. Ficaram num passado, quando víamos grandes nomes do parlamento fazer uso da palavra, defendendo ideias e projetos. Hoje, sobram projetos regressivos e faltam palavras, diálogo e cordialidade. Como? Que coisa mais antiga! Reagiria um bolsominion, disposto a já tirar da bolsa uma peruca, uma echarpe, um chapéu, ou qualquer artifício, desde que lacre nas redes sociais e emperre a discussão em alto nível, ou a defesa de uma pauta útil ao país.
Não se discursa mais. O que entra para os anais da câmara são grunhidos, palavrões e impropérios desfechados contra o colega, com o fito de tirá-lo do sério e, esquentado, desfechar um soco, ou um pontapé contra o opositor. Dependendo do nível de estresse e da insistência a essas incúrias, há os que não se seguram e partem, sim, para as vias de fato.
Argumentos foram banidos. Ficaram num passado, quando víamos grandes nomes do parlamento fazer uso da palavra, defendendo ideias e projetos. Hoje, sobram projetos regressivos e faltam palavras, diálogo e cordialidade. Como? Que coisa mais antiga! Reagiria um bolsominion, disposto a já tirar da bolsa uma peruca, uma echarpe, um chapéu, ou qualquer artifício, desde que lacre nas redes sociais e emperre a discussão em alto nível, ou a defesa de uma pauta útil ao país.
Estendendo esse poder para as plataformas, tem-se a certeza de que as redes viraram vitrine e arma para sufocar a política e fazer valer apenas a força bruta, as imagens violentas, a lacração.
Lamentável espetáculo nos proporcionaram, na sessão de ontem (05/06), os deputados envolvidos no empurra-empurra – Janones de um lado, Nikolas e Zé Trovão de outro.
A cena, tradução do que é hoje o Congresso “empoderado”, pode nos tirar muito mais do que a crença nos políticos. Pode nos levar a uma das últimas políticas de boa cepa, com credibilidade e espírito público. A minha solidariedade à deputada Luiza Erundina, barbaramente atacada, e a minha torcida para que continue praticando a boa política, em defesa do país.