
Hay Guerra? Soy contra
Difícil na minha cabeça encontrar algum argumento que justifique uma guerra. Sou contra. Matar outra pessoa por questões que não tem a ver com esta pessoa, normalmente é um crime inaceitável. Guerra como diz Erich Hartmann ” é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam”.
A frase é perfeita. Seguindo qualquer viés possível; não encontro justificativa plausível para uma guerra. As pessoas nem se preocupam mais em achar motivos e quando uma pessoa como Lula surge falando em paz, sem assumir posições bélicas como a do jornalista Jorge Pontual que se posicionou contra o cessar fogo, é logo criticado. A imprensa corporativa quer achar um culpado e passa por cima dos mortos inúmeros para poder crucificar o algoz da vez. Os senhores da guerra, aqueles que vivem da venda de armas riem às gargalhadas e a imprensa vai fazendo seu papel de relatar o que acontece e poucas vezes, trabalhando pela paz, custe o que custar.
Falar que o ser humano não deu certo diante de tantas barbaridades me parece sem sentido. O ser humano não faz parte de um projeto. Não existe um projeto. Se formos ver pelo lado religioso, que não é o meu e que foi responsável por quase todas as guerras, o ser humano está a serviço de um ente superior, um deus que não quer saber de amor. Para impor seus dogmas é capaz de matar e muito.
O mundo viveu assim até hoje, dizem os conformistas históricos. Ok, então por causa disso vamos aceitar as guerras? O ser humano já tem tantas causas para morrer, inclusive a natural, que não me parece justo incentivar mais uma. Querer conquistar territórios matando as pessoas me parece cruel. Estabelecer seus poderes imperialistas exterminando quem se opõe tira até o prazer do fato. A conquista boa é aquela em que você é festejado por quem foi conquistado. Uma boa DR internacional poderia resolver tudo. Tirando a ingenuidade a ideia é boa. Como no amor, por exemplo. Mas, falar de amor numa hora dessas?
Amor é uma coisa que passa longe dos motivos de uma guerra. O equilíbrio demográfico não precisa da guerra para se fazer. A velhice é justa e boa e deve permanecer por mais tempo, mas a guerra mata muitos idosos. Mata crianças, mulheres e idosos enquanto os jovens vão para o front numa tentativa desesperada de impedir o avanço do inimigo.
Esta guerra do Hamas contra Israel me parece um exemplo claro desta coisa sem sentido. Um grupo terrorista que se estabeleceu no poder através do voto e que acabou com o voto em seguida luta contra um país cujo governo de direita também usou de recursos impróprios para se estabelecer como matar seus opositores. Com isso Israel e Hamas disputam não se sabe bem o quê diante de uma realidade que até hoje não se concretizou, a criação de um estado palestino.
O que esta guerra quer? Nada a não ser matar a população em nome de um poder que passa longe desta população e do conceito de felicidade. Até quando vamos viver disso? Acho difícil que alguma coisa mude, mas pelo menos deixa eu ter o direito de me posicionar contra. Exijo para mim e para quem queira, o direito de ser um pacifista e vou lutar por ele até o fim. Lutar no sentido figurado porque compactuar com a guerra dos poderosos e pegar em armas não é a minha.