Sessões esgotadas para Ainda estou aqui no Liberty Mall – (crédito: Fotos: Maria Luísa Vaz/CB/D.A Press)

Após o Globo de Ouro, cinemas do DF têm sessões esgotadas de ‘Ainda estou aqui’

7 de janeiro de 2025, 12:42

Após a vitória de Fernanda Torres, brasilienses formaram filas na bilheteria do cinema do Liberty Mall, na tarde de segunda-feira (6/1), para prestigiar Ainda Estou Aqui. A procura pelo longa nacional foi tão grande que muitos não conseguiram comprar ingresso — as duas sessões do dia já estavam esgotadas antes mesmo do horário da exibição.

Rosangela Coelho, assistente social, é de Franca, interior de São Paulo. Uma expectadora que veio visitar a filha em Brasília e aproveitou para rever o filme, que já havia visto na cidade natal.

“Eu já assisti uma vez, vou assistir pela segunda. Eu achei muito interessante porque retrata uma época que eu vivi, que foi a época da ditadura, porque eu tenho 70 anos, então eu vivi esse movimento de 64. E eu acho que hoje a juventude não sabe, não lembra disso. Fala que não teve ditadura, que não teve tortura. Então eu acho que esse filme é um lembrete muito interessante. Achei [a vitória da Fernanda Torres] muito legal, principalmente pelas concorrentes, todas internacionais. Então, eu achei muito bacana. É a projeção do cinema brasileiro, da nossa cultura, da nossa arte”.

Flor Lopes, professora aposentada, nasceu no Equador, mas mora no Brasil há mais de 30 anos é outra expectadora que conta sua experiência: “Eu sei mais ou menos a história da época da ditadura, que [o Rubens Paiva] foi preso assim, aleatoriamente, que nessa época não tinha muito controle, quem era contra ou quem era a favor. Eu estou querendo assistir o filme há muito tempo porque é mais um estímulo ao cinema brasileiro, que durante muito tempo perdeu todas as vantagens da produção cinematográfica, porque foi proibido, desapareceu. E agora com essa retomada, estou tentando dar esse apoio, independentemente do diretor, dos atores e atrizes. [A vitória da Fernanda] é um reconhecimento internacional, porque tinha outras atrizes, que têm mais fama, são mais conhecidas. Já ganharam também, em outras ocasiões. Então eu acho que foi um reconhecimento à produção cinematográfica brasileira. É isso que interessa, a imagem que o país está refletindo no exterior.”

Com informações do Correio Braziliense

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