Sugerido pelo embaixador Celso Amorim, o Dia Nacional da Vergonha
No dia 10 de julho o candidato à reeleição e atual presidente dos Estados Unidos, Ronald Trump, visitou a sede do Comando Sul das Forças Armadas americanas, na Flórida. Ao ver as cenas do vídeo que disponibilizamos no final do texto, o embaixador e ex-chanceler Celso Amorim, em choque, resumiu:
“Devíamos batizar essa data como o dia da vergonha!”
Para receber Trump, um corpo de oficiais fardados, foram colocados ao fundo, enquanto o comandante da unidade saúda o visitante expondo o seu ponto de vista sobre uma boa estratégia.
– Sr. Presidente, eu penso desse jeito: para competir num campo, quando você vai jogar golfe ou beisebol, você quer os melhores jogadores com você. E certamente temos esses vencedores aqui hoje. Só queria apresentar a você dois, Sr. Presidente: brigadeiro-general Juan Carlos Correa, se você se levantar, general.
Presidente… Presidente Duque nos enviou o seu melhor e pagou por isto. Então ele veio aqui totalmente pago pela Colômbia e trabalha para mim. (Há muito de arrogância nesta frase!).
É um reconhecimento que a Colômbia esteve conosco no mundo, na guerra da Coréia, e eles estão conosco hoje. E fazendo diferença.
A esta altura o comandante ordena (É este o verbo): – Diga olá. E, empertigado, qual um soldadinho de chumbo, o oficial colombiano diz mecanicamente:
– Obrigado, Sr. Presidente. (Paga e ainda agradece).
– E nossa “adição” brasileira… presidente Bolsonaro… A mais nova adição (insiste no termo) ao nosso quartel, general: o major-general Davi, um dos mais destacados das Forças Armadas do Brasil. (Soa como: adicionamos mais um para a nossa coleção. Eles nos mandam os seus melhores).
– Ele está em nossa organização J5. Mais uma vez, os brasileiros pagando para vir para cá e trabalhar para mim na segurança. (Ou seja, eles imploram, pagam e vêm). O Brasil está conosco desde a Segunda Guerra Mundial. O nosso relacionamento está ficando cada vez mais forte, Sr. Presidente. (E, de novo, com voz de comando, ordena. Vou repetir: ordena):
– Diga olá.
O brasileiro, tenso e em posição de sentido faz uma breve reverência com a cabeça, duas vezes e se senta, ao fundo, onde é o seu ligar naquela cena subserviente e patética.
O embaixador tem toda razão. Não há como não sentir vergonha diante disto.
Instituído pelo embaixador Celso Amorim, o Dia Nacional da Vergonha
No dia 10 de julho o candidato à reeleição e atual presidente dos Estados Unidos, Ronald Trump, visitou a sede do Comando Sul das Forças Armadas americanas, na Flórida. Ao ver as cenas do vídeo que disponibilizamos no final do texto, o embaixador e ex-chanceler Celso Amorim, em choque, resumiu:
“Devíamos batizar essa data como o dia da vergonha!”
Para receber Trump, um corpo de oficiais fardados, foram colocados ao fundo, enquanto o comandante da unidade saúda o visitante expondo o seu ponto de vista sobre uma boa estratégia.
– Sr. Presidente, eu penso desse jeito: para competir num campo, quando você vai jogar golfe ou beisebol, você quer os melhores jogadores com você. E certamente temos esses vencedores aqui hoje. Só queria apresentar a você dois, Sr. Presidente: brigadeiro-general Juan Carlos Correa, se você se levantar, general.
Presidente… Presidente Duque nos enviou o seu melhor e pagou por isto. Então ele veio aqui totalmente pago pela Colômbia e trabalha para mim. (Há muito de arrogância nesta frase!).
É um reconhecimento que a Colômbia esteve conosco no mundo, na guerra da Coréia, e eles estão conosco hoje. E fazendo diferença.
A esta altura o comandante ordena (É este o verbo): – Diga olá. E, empertigado, qual um soldadinho de chumbo, o oficial colombiano diz mecanicamente:
– Obrigado, Sr. Presidente. (Paga e ainda agradece).
– E nossa “adição” brasileira… presidente Bolsonaro… A mais nova adição (insiste no termo) ao nosso quartel, general: o major-general Davi, um dos mais destacados das Forças Armadas do Brasil. (Soa como: adicionamos mais um para a nossa coleção. Eles nos mandam os seus melhores).
– Ele está em nossa organização J5. Mais uma vez, os brasileiros pagando para vir para cá e trabalhar para mim na segurança. (Ou seja, eles imploram, pagam e vêm). O Brasil está conosco desde a Segunda Guerra Mundial. O nosso relacionamento está ficando cada vez mais forte, Sr. Presidente. (E, de novo, com voz de comando, ordena. Vou repetir: ordena):
– Diga olá.
O brasileiro, tenso e em posição de sentido faz uma breve reverência com a cabeça, duas vezes e se senta, ao fundo, onde é o seu ligar naquela cena subserviente e patética.
O embaixador tem toda razão. Não há como não sentir vergonha diante disto.