Pesquisa mostra percentual de disparidade salarial entre homens e mulheres no DF
Os homens do Distrito Federal ganham 25% a mais do que as mulheres, segundo o Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF). Enquanto a renda média dos homens na capital federal, em 2023, foi de R$ 5.145, a das mulheres ficou em R$ 3.868.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF), divulgados nesta quarta-feira (6). A distribuição das mulheres nos setores do mercado de trabalho também é desigual. Em geral, elas ocupam cargos associados ao cuidado, como seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Em 2023, quatro em cada cinco mulheres do DF ocupavam cargos no setor de serviços, o que corresponde a 52,7%.
Já no setor da construção civil, elas formam uma pequena parcela, de apenas 5,5%. De acordo com o levantamento, no serviço público, a diferença de salário é ainda maior. Os servidores públicos receberam, em média, R$ 11.125 no ano passado, enquanto as servidoras ganharam R$ 9.137. Ou seja, elas receberam 81,2% do valor que os homens ganharam por mês.
Ainda segundo o IPEDF, “as mulheres ocupadas do Distrito Federal, histórica e generalizadamente, recebem rendimentos inferiores aos dos homens”.
O que diz a lei
Na teoria, a diferença salarial entre homens e mulheres já é proibida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Na prática, no entanto, muitas vezes, essa exigência legal não é cumprida, como apontado pela pesquisa.
Em julho de 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 14.611 que garante igualdade salarial entre homens e mulheres que exerçam a mesma função.
Pela nova regra, as empresas que têm a partir de 100 empregados devem apresentar relatórios com a remuneração dos funcionários. Se for constatada desigualdade salarial, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) notifica a empresa e ela tem três meses para elaborar um plano de equiparação.
Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
Fonte: G1
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