DF tem a menor mortalidade de tuberculose do país

14 de dezembro de 2023, 06:51

O Distrito Federal teve, em 2022, a menor mortalidade por tuberculose do Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam uma taxa de 0,9 óbitos anuais a cada 100 mil habitantes. A média nacional é de 2,71. Em números absolutos, foram 18 óbitos na capital em 2022 e 12 em 2023, com dados até o fim de novembro.

O diagnóstico e tratamento começam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). E os casos graves são encaminhados ao Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin).

Os principais sinais da doença são tosse seca ou com secreção por mais de três semanas – há possibilidade de tosse com pus ou sangue. Cansaço excessivo, febre baixa, suor noturno, falta de apetite, emagrecimento e rouquidão são outros sintomas prováveis. 

A orientação é buscar a rede de UBSs para fazer uma avaliação e, se necessário, o “teste do escarro”, uma das técnicas de confirmação do diagnóstico e definir o melhor caminho.

Como tratar?
O tratamento costuma ser longo: são seis meses tomando cerca de quatro comprimidos por dia, algumas vezes com efeitos colaterais como dor abdominal, náuseas, formigamento nos pés e alterações no humor. Porém, como o quadro geral do paciente melhora significativamente já nas primeiras semanas, o abandono da medicação é um dos maiores desafios no enfrentamento à doença.

O Cedin atende pacientes mais graves infectados com a tuberculose, incluindo os que abandonaram o tratamento e apresentaram retorno da doença, aqueles em que os exames apontam para a ineficácia das medicações padronizadas e portadores de doenças que afetam o sistema imune, como é o caso da Aids. 

No DF, a Secretaria de Saúde também faz diagnósticos de tuberculose entre pacientes que irão ou fazem tratamentos que reduzem a capacidade do sistema imunológico, como é o caso da quimioterapia.

Fatores de risco
Além de ser mais vulnerável e necessitar de um acompanhamento complexo, a população com HIV apresenta 19 vezes mais chances de adoecimento por tuberculose que as pessoas em geral, conforme dados compilados pelo Ministério da Saúde. 

Entre a população privada de liberdade, a possibilidade de desenvolver a doença é 32 vezes maior que quando comparado ao restante da sociedade. Já a população em situação de rua apresenta 54 vezes mais chances.

Entre a população em geral, destacam-se os condicionantes sociais. Quem mora, estuda ou trabalha em ambientes com grande número de pessoas no mesmo espaço, pouca ventilação e baixa iluminação natural tem mais chances de ser infectado. Em geral, não há riscos de transmissão em espaços onde se passa um tempo limitado, como no transporte público ou em um cinema, por exemplo.

Foto: Breno Esaki/Arquivo/Agência Saúde-DF

Fonte: SES-DF

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