Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF

DF regulamenta atuação de preceptores no ensino técnico em saúde

10 de abril de 2025, 19:30

A partir desta quinta-feira (10), a formação técnica em saúde no Distrito Federal passa a contar com um novo reforço. Foi publicada no Diário Oficial do DF a regulamentação da atividade de preceptoria nos cursos técnicos da Escola de Saúde Pública (ESP-DF), medida que promete ampliar a qualidade da formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa busca aproximar ainda mais o ensino da prática cotidiana nos serviços da rede pública. Com a mudança, os cursos técnicos oferecidos pela ESP-DF passam a contar com profissionais de saúde atuando como preceptores — ou seja, responsáveis por orientar e acompanhar os estudantes nos cenários reais de atendimento, como hospitais, unidades básicas e centros especializados.

A atuação dos preceptores já era prevista na formação em programas de residência promovidos pela instituição, que é mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). Agora, o modelo será estendido também ao nível técnico.

Teoria, prática e SUS mais forte

Instituída pela Lei 6.455/2019, a preceptoria é uma atividade educacional voltada à integração entre teoria e prática. Cabe ao preceptor guiar os estudantes durante o processo de inserção no ambiente profissional, compartilhar conhecimentos técnicos e promover reflexões éticas sobre o trabalho no SUS. Segundo o novo regulamento, as atividades ocorrerão diretamente nas unidades de saúde do DF, sob coordenação das superintendências regionais da Secretaria de Saúde.

Para Josimeire Batista, coordenadora de Ensino Técnico da ESP-DF, a mudança representa um passo importante na consolidação de um modelo formativo mais conectado com a realidade do SUS. “Essa regulamentação é um marco para a qualificação da educação técnica em saúde no DF. Ao estruturar a preceptoria como parte essencial do ensino, o Protec (Programa de Ensino Técnico Associado às Residências em Saúde) se fortalece como ferramenta estratégica para formar profissionais preparados, éticos e comprometidos com a população”, afirma.

Reconhecimento e novos caminhos

Com a regulamentação, os profissionais que atuarem como preceptores de ensino técnico terão direito à Gratificação da Atividade de Preceptoria (GAP I), prevista em lei. O pagamento será feito apenas durante o período de exercício junto aos estudantes, sem gerar vínculo empregatício com a ESP-DF ou a Fepecs.

A expectativa é que ainda em 2025 seja lançado um processo seletivo para composição do corpo de preceptores técnicos, abrindo espaço para que novos profissionais da saúde contribuam com a formação de colegas em início de carreira.

*Com informações da Agência Brasília

Escrito por:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *