Apreensão de armas de fogo ilegais aumentou 88,7% no DF
Em um ano, a apreensão de armas de fogo ilegais aumentou 88,7% no Distrito Federal. De acordo com dados disponíveis no ComunicaBR, plataforma de transparência ativa do Governo Federal, em 2023, foram 202 apreensões, contra 107 no ano anterior.
Entre janeiro de 2023 e abril de 2024, 263 armas de fogo ilegais foram apreendidas por órgãos federais de segurança. Os itens foram retirados de circulação pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).
No mesmo período, em todo o país, 13.340 armas foram apreendidas pela PF, PRF e Senasp. Somente no ano passado, foram 10.935 apreensões, um incremento de 28% em relação a 2022 (8.466). E, nos quatro primeiros meses deste ano, mais 2.405.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp (DIOP/SENASP), Rodney Silva, explica que os números registrados em 2023 e 2024 decorrem do aumento da fiscalização e das ações operacionais da PF, da PRF e das polícias militares e civis dos estados.
“O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito, tomadas de cidade e outros crimes violentos”, afirma Silva.
Ações
Para o Governo Federal, ações como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC) e expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ligados à Polícia Federal, impactaram os números de apreensões de armas de fogo no Brasil. O ENFOC conta com aporte federal de R$ 900 milhões até 2026
Os GISEs foram expandidos e passaram a operar em 21 estados no ano passado. As FICCO estão em todo o país. “O desafio da segurança pública no combate ao uso ilegal de arma de fogo perpassa pelo fortalecimento da atividade de inteligência de segurança pública, a integração das forças e também a participação da sociedade na construção coletiva de soluções alternativas em busca do entendimento sobre a resolução de conflitos”, completa Silva.
Foto: Polícia Federal
Fonte: Metrópoles