60% das mulheres vítimas de violência no DF são pretas ou pardas; saiba como denunciar
Levantamento do Ministério das Mulheres apontou que cerca de 60% das vítimas de violência contra a mulher no Distrito Federal são pretas ou pardas. Das 1.940 denúncias recebidas pelo Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) até julho de 2024, 1.182 são de mulheres negras.
Ainda segundo o levantamento, 40% dos casos de violência deste ano (792) ocorreram dentro da casa da vítima. Em 36,9% dos casos (717), a violência é praticada por companheiros ou ex-companheiros das vítimas. De janeiro a julho deste ano, houve um aumento de 27,72% no número de denúncias em relação ao mesmo período do ano passado, em Brasília. Em 2023, 1.519 casos foram registrados no primeiro semestre do ano. Em 278 casos, as vítimas são mulheres entre 40 a 44 anos.
De acordo com o Ministério das Mulheres, o Ligue 180 é um dispositivo central na estratégia de enfrentamento da violência contra a mulher. Em todo o país, até o mês de julho, 84,3 mil denúncias foram registradas pelo canal. O número representa um aumento de 33,5% em relação ao ano passado.
A ligação para o número 180 é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. É possível fazer a ligação de qualquer lugar do Brasil ou acionar o canal por meio do WhatsApp, pelo número: (61) 9610-0180.
Formas de denunciar
Além do Ligue 180, do Ministério das Mulheres, há também os canais de atendimento da Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSPDF), que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes pelos telefones 197 e 190; pelo e-mail: [email protected] ou pela Delegacia Eletrônica, por meio do Whatsapp: (61) 98626-1197. O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher, uma na Asa Sul e outra em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer delegacia.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.
Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.
No Distrito Federal, também existe o Programa Violeta, que é focado no atendimento de crianças e mulheres vítimas de violência sexual e estupro. O acolhimento é feito por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, ginecologista, psiquiatra, psicólogos, técnica em enfermagem e técnicas administrativas. O serviço é prestado no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
A Secretaria de Justiça e Cidadania tem canais de denúncia de casos de violência contra a mulher. Há, por exemplo, o Centro Integrado 18 de Maio, que trata de ocorrências de exploração sexual de crianças.
O Conselho Tutelar recebe denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes pelo número 125 ou diretamente nas suas unidades (clique aqui). Ainda há o Disque 100, que trata da violação de direitos humanos. E o serviço de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar, que atende pelo (61) 3190-5291.
Locais de denúncia
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)
Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília
Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212
Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)
Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro
Telefone: (61) 3207-7391
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT
Telefones: (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625
Centro Integrado 18 de Maio
Endereço: SHCS EQS 307/308
Telefone: (61) 2244 – 1512 e (61) 98314 – 0636
Foto: Geovana Albuquerque / Agência Brasília
Com informações do g1